A CAPINA é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada, no Rio de Janeiro, em 1988. Tem como missão atuar no campo da Economia dos Setores Populares buscando a afirmação da cidadania dos trabalhadores. Entendendo cidadania como o exercício da capacidade de crítica, de resistência e de incidência sobre as condições que geram as desigualdades e a deterioração social, política e ambiental. Neste sentido, busca qualificar empreendimentos econômicos populares e seus assessores, com vistas à construção das condições necessárias à sustentabilidade dessas iniciativas.
O campo de atuação da CAPINA envolve atividades – de administração e gestão da produção, além da comercialização – que se inserem no âmbito da economia dos setores populares, onde também atua o movimento da economia solidária. Em contato estreito com associações e cooperativas de agricultores familiares, grupos urbanos de produção associada, sindicatos, organizações governamentais, projetos de universidades e ONGs, a CAPINA assessorou, ao longo de sua caminhada, mais de 150 organizações populares, em 22 estados do país. Atuou, sobretudo, na orientação e elaboração de estudos de viabilidade desses empreendimentos associativos, no aprimoramento dos processos de gestão e no exercício de práticas eficazes de comercialização.
Atualmente, com a diminuição do apoio das Agências da Cooperação Internacional, a CAPINA assumiu a condição de buscar novos caminhos para a sua sustentabilidade. Dentre estes, a primeira tentativa é a decisão de gerar renda através da venda de serviços. Ou seja, passar a vender os cursos e oficinas que realiza. Além de, adicionalmente, desenvolver outros tipos de serviços que lhe são solicitados freqüentemente, como: elaborar planos de negócios, planos de comercialização, avaliação de atividades sócio econômicas e outros.
MISSÃO
Atuar no campo da “Economia dos Setores Populares” buscando a afirmação da cidadania dos trabalhadores. Entendendo cidadania como a capacidade de crítica, de resistência e de incidência sobre as condições que geram as desigualdades e a deterioração social, política e ambiental.
Consideramos “Economia dos Setores Populares” como toda e qualquer atividade econômica de resistência à falta dos meios de sustentação da vida.
Isto é, atividades que possuem uma racionalidade econômica ancorada na geração de recursos (monetários ou não) destinados a promover e repor os meios de vida, e na utilização de recursos humanos próprios, agregando, portanto, unidades de trabalho e não de inversão de capital.
VISÃO
Os empreendimentos da economia dos setores populares se afirmarem como vetores de desenvolvimento de segmentos da sociedade civil.
Desde sua fundação, a CAPINA vem sendo apoiada por Pão para o Mundo, uma ação das Igrejas Evangélicas regionais da Alemanha que tem como objetivo fazer justiça com os pobres. Esse reconhecimento da importância do trabalho que a Capina vem desenvolvendo, tem sido fundamental para o prosseguimento de suas atividades.
Os apoios de Christian Aid (Inglaterra) e Oxfam-Novib (Holanda), que se estenderam até 2010 tiveram papel expressivo para a sustentabilidade da Capina.
No final dos anos 1980, diante do crescimento de iniciativas econômicas populares e da falta de conhecimento em administração, tornou-se essencial criar um serviço de apoio e cooperação para esses empreendimentos urbanos e rurais.