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Writer's pictureCooperação e Proje. de Insp. Alternativa

CAPINA 30 ANOS: Vozes populares da economia


A CAPINA completa nesse mês de novembro/2018, 30 anos de atuação no campo da Economia dos Setores Populares.

Ao longo desse período apoiamos a formação técnica e política de trabalhadore/as no estado do Rio de Janeiro e percorremos diversas organizações pelo Brasil realizando assessorias, cursos e oficinas sobre comercialização, viabilidade econômica, gestão democrática e elaborando Planos de Sustentabilidade.

Com o intuito de celebrar e compartilhar parte dessa trajetória e, sobretudo, pautar a relevância econômica, social e política da Economia dos Setores Populares realizamos no dia 06 de novembro o evento: “Vozes Populares da Economia: dialogando sobre ações de inspiração alternativa”, no Espaço Ideal - Centro do Rio de Janeiro-RJ.

O evento iniciou com uma roda de conversa entre empreendimentos, movimentos sociais, organizações populares inspiradores que estão construindo práticas economicamente viáveis e emancipatórias pelo Brasil. Neste momento, tivemos a oportunidade de dialogar com: Pedro Santinho da Flaskô – empresa ocupada em Sumaré/SP; Thais Mascarenhas da Quitandoca – empreendimento em São Paulo/SP que comercializa e apoia a agricultura familiar; Camila do Raízes do Brasil - espaço do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) no Rio de Janeiro/RJ que integra alimentação agroecológica, hospedagem e atividades culturais; Carlos Humberto da Diaspora.black – plataforma de hospedagem que constrói um turismo consciente e sem preconceito; Janduí, Inessa e Angélica do GIC - Grupo de Investimento Coletivo – que realizam ações no campo econômico e social em Petrópolis e na Pavuna/RJ; Rosimere Souto representando o Grupo de Mulheres Filhas da Terra de Pedra Lavrada/PB – que trabalham com o beneficiamento de frutas nativas e pautam a autonomia econômica e política para mulheres rurais; e Rosana Kirsch da Cooperativa EITA – Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão – que desenvolve tecnologias da informação para organizações populares e movimento sociais.

O debate realizado na roda de conversa foi facilitado graficamente por Bianca e Josi - e gerou este lindo painel!!

Na parte da tarde realizamos uma viagem pela trajetória da CAPINA ao longo dos 30 anos de trabalho que, fundamentalmente, está conectada a história de muitas outras organizações da Economia Popular no Brasil. Para isso, empreendimentos e redes de várias regiões do país participaram da “instalação pedagógica” composta por imagens, vídeo e depoimentos. O primeiro deles foi o de Beatriz Costa que contou sobre a importantíssima experiência de trabalho que envolveu a CAPINA no Rio de Janeiro, o “Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento Técnico Social (CADTS)” e “Associação dos Produtores Autônomos do Campo e da Cidade (APAC)”;

Tivemos a oportunidade de contar também com a participação de amigos/as e parceiros/as de longa data, entre esses/as: Hamilton Condack representando a Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA de Rondônia; Dora Vieira Lima do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Côco Babaçu (MIQCB) do Maranhão; Luis Carrazza da Cooperativa Central do Cerrado – Produtos Ecossociais; Graziella Emmert da Fundação Luterana (FLD) e Cybelle Goulart representando a Rede de Comercio Justo e Solidário da Região Sul do Brasil; Mônica da Silva do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) em Diadema – SP; Rosimere e Juliana representando o GT Mulheres da Articulação de Agroecologia da Articulação Nacional de Agroecologia; Renata Pistelli pelo Instituto Kairós em São Paulo –SP; Bernadete e Francisco da Articulação Estadual de Agroecologia (AARJ); Izânia Silva da Rede Minas; Antônio Oscar do Fórum do Cooperativismo Popular do Rio de Janeiro (FCP/RJ); Cristiane Hermes e Crislândia Morais representantes da Formação Continuada para mulheres da região metropolitana do Rio de Janeiro realizada pela CAPINA e participantes do Fórum de Economia Solidária de Duque de Caxias.

Os depoimentos que embalaram a “instalação pedagógica” trouxeram à tona, sobretudo, a metodologia de trabalhado da CAPINA como dispositivo fundamental para a construção da sustentabilidade dos empreendimentos associativos. Confirmando a aposta de que buscando os números, quando trabalhando ferramentas de administração e organização do trabalho, o horizonte é a “discussão das relações”.

O dia foi de festa, encontros, troca de experiências, informação e muita alegria. São 30 anos de atuação, luta e resistência acreditando e apoiando a economia popular no Brasil.

Para encerrar o evento, o grupo “Som de Preta”, banda composta por mulheres musicistas, tocou clássicos da música popular brasileira chamado a atenção para a importância das mulheres negras no meio musical. Também com uma proposta autoral, denunciam a violência que marca a vida das mulheres negras das periferias das cidades.

Gostaríamos de agradecer a todas e todos que participaram e prestigiaram o evento! Destacamos o apoio da Fundação Luterana de Diaconia - FLD, da Coordenadoria Ecumênica de Serviço - CESE, de Pão para o Mundo e a construção coletiva junto ao Criar Brasil e ao Marquito e sua equipe – nosso muito obrigada!


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