Agricultoras dos estados da região do Semiárido se encontram na terça e quarta-feira (23 e 24/09) passada em Lagoa Seca, na Paraíba, durante o 1º Encontro Nacional de Agricultoras Experimentadoras, cujo lema é "Celebrando conquistas na trajetória da ASA".
A Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que está completando 15 anos e que agrega mais de três mil organizações que trabalham para o desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida brasileira.
O objetivo do encontro é de valorizar e dar visibilidade ao conhecimento e as capacidades das mulheres agricultoras e suas formas de inserção na organização do trabalho da agricultura familiar, além de construir coletivamente caminhos para superação das situações de desigualdade.
A gente vem dar visibilidade às experiências das mulheres agricultoras que tem construído a agroecologia, que tem melhorado seus quintais, que têm também realizado conquistas como o resgate da sua autonomia enquanto mulher, afirma Maria Leônia, da coordenação do Polo da Borborema, da ASA Paraíba. "Um encontro como esse vem mobilizar essas mulheres. Quando elas saem pra participar, que se encontram com outras histórias, com outras mulheres, elas voltam fortalecidas pra reassumir e reafirmar cada vez mais o seu papel, completa.
Nos últimos 15 anos, muitas conquistas merecem ser celebradas pelas mulheres no Semiárido. A chegada das tecnologias sociais de armazenamento de água da chuva, como as cisternas - de água para beber ou para produção de alimentos. Muito além da democratização do acesso ao recurso, elas vêm permitindo a melhoria da saúde da família; a diminuição da carga de trabalho das mulheres; o aumento da disponibilidade de água no quintal e por consequência, a valorização das práticas produtivas das agricultoras, e a construção de uma nova percepção sobre seu papel e inserção técnica, social e econômica.
Ao final do Encontro, em plenária as agricultoras refletiram sobre o significado e o papel de cada mulher na valorização e na construção de conhecimento para convivência com o Semiárido, fortalecendo a identidade de agricultoras-experimentadoras gestoras de seus próprios conhecimentos.
Fonte: Ascom/ASA